domingo, 14 de abril de 2013

Eu sou cristão e Feliciano não me representa


Feliciano não é mais assunto novo, fiquei calado até então, porque para mim, ele era apenas mais um. Mais um que usa a palavra de Deus em vão e quando morrer vai queimar no fogo do inferno. Brigar contra o casamento entre gays, extorquir dinheiro na igreja e até ser presidente da Comissão de Direitos Humanos, nada disso me tocou. Ele era mais um. Fingi que não escutei o barulho que estavam fazendo. Mas aí veio à tona aquele vídeo em que ele diz que John Lennon mereceu morrer e foi vítima da ira de Deus. Aí eu fiquei puto.

domingo, 13 de janeiro de 2013

A cidade da Sagrada Família

Treze de janeiro. Último dia de viagem em Israel. O dia começou cedo, deixamos o hotel em Tiberíades em direção a Narazé, a cidade da Sagrada Família. Foi um percurso de aproximadamente uma hora. Pelo caminho ainda passamos pelo ale do Amargedon. Segundo a bíblia é ali que o Bem enfrentará o Mal.

Nossa parada em Nazaré foi um terreno do Vaticano. Naquele local está o poço de água em que o Anjo Gabriel apareceu para Maria e disse que ela daria à luz ao filho de Deus e também onde funcionava a marcenaria de José, e também onde Jesus trabalhou junto com o pai.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Tríplice fronteira da "Amizade"

Doze de janeiro. Já saímos do hotel com a informação de que hoje seria do dia que mais enfrentaríamos frio. Todos super encapados e rumo à rua. Nosso primeiro destino foi uma volta de barco no Mar da Galileia. O naviozinho era feito de madeira, uma réplica de como as embarcações eram na época de Jesus.

A embarcação tinha uma bandeira do Brasil e pediu para que todos ficassem de pé. Eles também tinham um cd com o hino brasileiro e em seguida foi tocado o de Israel. O passeio foi muito bacana. Um vento frio batendo por todos os lados. Todas as rupas possíveis estavam no corpo.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Batismo no Rio Jordão

Onze de janeiro. Mais uma vez uma troca de hotel. Por conta disso deixamos Netanya cedo e partimos para o norte do país, até Tiberíades. Mas até chegar lá ainda visitaríamos muitos lugares. O caminho para a parte norte de Israel nos levou até o Mar da Galileia. Uma paisagem realmente muito bonita. Aqui há umas características muito peculiares. No mesmo momento em que o tempo fecha ele abre. Em determinados lugares o sol corta as nuvens e alguns raios iluminar as águas.

Nossa primeira parada foi no Monte das Bem-Aventuranças. Foi nesse local que a oração do Pai Nosso foi feita. Atualmente o espaço é controlado pela Igreja Católica. Tem uma capela lá, jardins e uma bela imagem do alto do Mar da Galileia. Alguns metros abaixo encontramos o local em que Jesus encontrou Pedro e o escolheu para ser o seu discípulo. Foi lá, que Pedro tenteou pescar e não conseguiu. Quando Cristo chegou, ele reclamou que não havia mais peixes, então Jesus mandou que ele jogasse a rede para o outro lado e então vieram 153 peixes. No hebraico cada letra tem um número equivalente. Juntando as letras do número 153 forma a frase “eu sou Deus”. A partir desse momento, Pedro decidiu ser discípulo.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Ao lado do Líbano

Dez de janeiro. O dia começou difícil, todo mundo sonolento. E olha que tivemos tempo para descansar. Nossa primeira parada foi em Cesarea. Eu afirmo e reafirmo, lugar sensacional. Lá foi construído por Herodes e serviu como uma cidade romana. Tudo igual, com teatro, lugar para corrida de cavalos, todas as viadagens que esses caras tinham, tudo perfeito. E foi lá também que Paulo ficou preso. Fora a vista, de frente para o Mar Mediterrâneo. Simplesmente sensacional. Para quem gosta de história é como estar vivendo o momento.

Em seguida partimos para a cidade de Haifa. Lugarzinho bonitinho aquele. Estilo cidade do interior que funciona. Lá é totalmente banhado pelo Mediterrâneo e tem um porto. Além de um jardim bem bonito.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Wingate e kidá ao Imi

Nove de janeiro dia de mais treino. Acordamos cedo, bem cedo. Às 7h da manhã já estávamos na rua em direção ao Wingate, a universidade de esporte aqui de Israel, uma das mais renomadas do mundo. Lá há um instituto que cuida dos estudos que aprimoram as artes marciais. Segundo eles, o intuito deles é ensinar aos instrutores como se ensina.

Chegamos lá, um frio do cão, um vento, uma chuva, não é possível o quanto chove nesse deserto. Nos filmes falaram que deserto era lugar de calor e sol, mas vocês sabem como é o povo de Holywood. Enfim, fomos recebidos com uma palestra, em que o PhD responsável pelo instituto nos mostrou o que eles fazem, como fazem e o porquê de fazerem. Ao final da palestra eles retificaram o oitavo dan dado a ele no ano passado pelo Haim Zut. Eles falaram por serem um instituto de estudo não podem graduar ninguém, mas podem confirmar o que já foi dado.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Krav Maga na montanha

Acordamos de manhã e pra variar frio e chuva no deserto. Café da manhã e ônibus. Todos empolgados porque subiríamos Massada para treinar. Lá é uma montanha onde o Rei Herodes mandou construir uma mini cidade para onde ele iria quando as coisas ficassem quentes em  Jerusalém. Há quem diga que Herodes nuca colocou os pé lá e outros que ele ficou lá bastante tempo, como não estava lá pra ver prefiro não me meter. Mas fato concreto é que o lugar foi controlado pelos romanos quando eles andaram por aqui.

O lugar impressiona no lugar é que ele fica de frente para o Mar Morto. É uma vista linda demais. E também pela escolha da montanha. Ali é difícil de subir hoje, com escada, corrimão, rampa e cacete. Imagina naquela época. Rapaziada era doida mesmo.

Chove no deserto

Sete de janeiro. Nossos últimos minutos em Jerusalém e como não podia deixar de ser estava um frio polar. Nos foi dito que em Israel chovem apenas 28 dias no ano e estava caindo um pequeno dilúvio. Os brasileiros trouxeram a chuva, os israelenses nos amam desde então.

A chuva foi boa para eles, mas para nós, uma porcaria. Iríamos andar de jipe, mas por causa do vento e da água, o passeio foi cancelado. A alternativa que nos deram foi passar meio-dia em um SPA, em frente ao Mar Morto. Ok, opção legal. O problema é que depois de 21 anos, choveu no deserto. Inacreditável ver isso. Você viaja 19 horas para chegar no deserto e chove. Não sei se é azar ou sorte.

domingo, 6 de janeiro de 2013

A verdadeira história de Jerusalém Antigo

Seis de janeiro. Dia produtivo de muitos passeios. O primeiro foi uma visita ao Museu de Jerusalém. Logo na entrada há uma maquete da cidade na época do Segundo Templo. Para quem não sabe, a cidade foi destruída diversas vezes. O primeiro templo terminou na época do Rei Nabucodonosor e o segundo se encerrou em 70 DC. Enfim, a maqueta é sensacional. Sabe aquela na catedral da Universal do Reino de Deus, no Rio de Janeiro? Pinto perto dela.

Estava um frio muito absurdo. Saí de Bangu com 40 graus e aqui faz cinco, fora a sensação térmica. Hoje estava particularmente pior que estava ventando muito. Minha roupa de guerra foi: segunda pele (camisa e calça), calça jeans, blusa, moleton, casaco, touca, luva, cachecol e o gorro do casaco. Mesmo assim teve algumas horas em que bati queixos. Mas isso não é importante. Vamos voltar para a visita.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Jerusalém, a Terra Santa

Cinco de janeiro. Jerusalém amanheceu muito frio. Provavelmente fazia cerca de 10 graus. Eu estava apenas com uma camiseta, um casaco fino e calça jeans. Tenho que dizer que sofri. E como sofri.

Começamos o dia com uma visita ao Monte das Oliveiras. Lá, cada um ganhou um pequeno cálice feito da madeira da oliveira e nos foi servido vinho. O nosso guia leu o salmo 122 em hebraico e um membro do grupo leu em português. Após, bebemos o vinho. Segundo o guia, essa é a forma que todos são recebidos no Monte.
Percorremos todo o monte. Lá de cima podemos ver a Casa de Deus (sabe onde Jesus expulsou os mercadores por estarem insultando a casa de Deus? Então, é lá). No Monte também há um cemitério judeu. Hoje apenas pessoas importantes, como rabinos são enterrados por lá. O curioso é que todos são sepultados com os pés virados para o Templo de Salamão. Segundo a tradição judaica, quando o messias chegar, os mortos ressuscitaram  em corpo e alma e levantaram em direção ao templo.